Vamos dançar?

danca* Mhanoel Mendes

Dança, pra mim, é muito mais que mexer o corpo, fazer exercício ou se movimentar. Dançar é deixar fluir o seu interior, é abraçar o sutil, é dar asas à imaginação que cria um movimento no ar e dá movimento à vida. Acredito que a humanidade tenha encontrado na dança a sua primeira forma de arte.

Dançar é uma experiência, um experimento pra colocar nossos corpo, nossa mente e nossa alma em harmonia. Ela, a dança, é cheia de ritmos e profunda. Se realmente a estivermos dançando, não haverá nenhuma outra atividade que crie tamanha unidade em corpo-mente-espírito. Agora, se estivermos sentados, o corpo não estará em movimento, pois estaremos usando a mente.

Dançar é um movimento gracioso, alegre. O corpo se move, a energia flui. E, sabemos, quando corpo e mente estão em sintonia, eles se fundem e ocorre a união com o Todo, surgindo uma alquimia.

Existem muitos teóricos sobre a dança, mas hoje quero ressaltar o mestre indiano Osho, que tem uma visão interessante sobre ela. De acordo com ele, “se as pessoas pudessem dançar um pouco mais, cantar um pouco mais, serem um pouco mais malucas, a energia delas estaria fluindo mais e os problemas delas irão desaparecer aos poucos”.

Lembro na década de 1960 quando o movimento hippie dizia “Faça amor, não guerra”; hoje, talvez diriam, “Dancem e tenham menos problemas”. Daí o fato de Osho insistir tanto com a dança. “Dance até o orgasmo; deixe que toda a energia se torne dança e subitamente, você verá que você não tem nenhuma cabeça. A energia presa na cabeça se move ao redor, criando belos padrões, pinturas, movimentos.”

Viver é dançar. Viver é dançar? Talvez seja. No dizer do mestre indiano, quando você dança chega um momento que o seu corpo não é mais uma coisa rígida, se torna flexível, fluido. Quando você dança, chega um momento quando sua fronteira não está mais tão clara; você se funde e se dissolve com o cosmos, as fronteiras ficam misturadas. Assim você não cria qualquer problema”.

Quem dança sabe que ao estarmos ali, com um par, em deca circular, em danças sagradas, estamos unos e não nos focamos mais no detalhe, nos fundimos com o Todo sem pensar em outra coisa a não ser sentir a dança, vivê-la, curti-la.

Lembrando o cantor e compositor Johnny Rivers com sua linda canção “Do you wanna dance”, que tal, vamos dançar?

* Jornalista, agricultor, psicólogo, jardineiro, escritor e peregrino – www.oikos.org.br

Filipe Colombo

Sobre Filipe Colombo

Formado em Administração com ênfase em Marketing, É conselheiro profissional formado pelo IBGC e possui MBA em administração de empresas cursado nos EUA, China e nos Emirados Árabes. Acumula mais de 20 anos de experiência em gestão de empresas e é autor do best seller “Gestão Profissional na Prática”. Neste livro, são compartilhados ensinamentos, visões e conselhos que são frutos de sua experiência acadêmica e profissional.
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