O Passado e o Presente

* Vania Burigo

Estive no último fim de semana em Pelotas (RS), minha cidade natal. Faz mais de 30 anos que saí de lá. Sempre em minha lembrança está seu patrimônio arquitetônico e histórico.

É uma cidade que teve seu apogeu com lindos casarões, prédios públicos imponentes e construções não menos importantes que foram sede de bancos e outras empresas. Isso sem falar nos inúmeros clubes sociais, com seus salões deslumbrantes.

Eu não sou bairrista não, é tudo verdade. A beleza das charqueadas, da casa da Baronesa e da biblioteca pública recém-restaurada. E eles continuam lá protegidos pelo tombamento e sendo usados normalmente como são os prédios antigos em lugares civilizados. Bem verdade que alguns ainda estão em condições precárias.

Depois de uma longa fase de pobreza, a cidade apresentava apenas alguns poucos exemplos atuais que empolgassem. Desta vez, fui a um restaurante que poderia estar em uma grande metrópole, por sua arquitetura de interior criativa, cheia de peças de design consagrado e com iluminação impecável.

Nada mais interessante do que o passado e o presente lado a lado, em construções de estilos diferentes, mas com muita qualidade.

* Arquiteta

 

Filipe Colombo

Sobre Filipe Colombo

Formado em Administração com ênfase em Marketing, É conselheiro profissional formado pelo IBGC e possui MBA em administração de empresas cursado nos EUA, China e nos Emirados Árabes. Acumula mais de 20 anos de experiência em gestão de empresas e é autor do best seller “Gestão Profissional na Prática”. Neste livro, são compartilhados ensinamentos, visões e conselhos que são frutos de sua experiência acadêmica e profissional.
Esta entrada foi publicada em Artigos. Adicione o link permanente aos seus favoritos.

4 respostas para O Passado e o Presente

  1. Denise Back disse:

    Sem dúvida Vania! Pelotas inquestionavelmente é uma cidade rica em Arquitetura e História! Seu apogeu econômico possibilitou a riqueza arquitetônica ainda hoje marcante e presente na cidade. Imagino quanto deve ter sido mágico o fato de teres vivido nesta cidade! Fora a energia que ainda hoje paira na cidade em função de tantas vidas vividas intensamente dada a história das charqueadas que assim como trouxeram riqueza para muitos, também exauriram vidas e sonhos. Não é a toa que és como te conheço, uma pessoa que acima de tudo assume a posição de fidelidade a princípios Humanos, hoje tão raros, já que para a maioria o outro não importa!

    • vania burigo disse:

      Denise, andar por Pelotas com vcs foi muito bom e pude ver as coisas com outro olhar. Os prédios contam estórias para quem passeia na cidade sem pressa e nos inspiram. Mas é preciso fazer muito pela cidade, como eliminar a poluição visual e dar mais vida aos prédios históricos. Existem alguns equívocos bem graves na ocupação destes prédios, como no caso do Grande Hotel… De qualquer forma tenho muito orgulho de lá. Beijos. Vania

  2. Gelsyr da Silva Ruiz disse:

    Legal Vânia, estamos há quase o mesmo tempo fora dos nossos rincões e morando na bela Florianópolis, sou de Bagé, terra que também tem um lindo patrimônio histórico a ser preservado. Adoro Pelotas, a última vez que estivemos lá foi em 2008 numa formatura, fiquei bem feliz em perceber que existia uma movimentação em toda a cidade de valorização dos casarões (reformas, placas do IPHAN e o centro estava todo em obras), luta essa que felizmente em Bagé esse ano de 2012 parece ter sido reconhecida com início de um processo de tombamento, junto a outros sítios da região da Campanha à nível estadual/nacional. Abraço.

    • vania burigo disse:

      Oi, Gelsyr. Nossas cidades têm muita história e merecem atenção, nunca é tarde para preservar. Um dia chegaremos a ter um patrimônio arquitetônico valorizado como é na Europa! Ainda não conheço Bagé, mas tenho um livro com fotos lindas de lá.
      Abraços, Vania

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *