Amor de Cachorro

* Beto Colombo

Querido leitor que você esteja em paz. Nosso tema hoje é sobre amor, mas não amor de humano para humano, mas de cão. Quando estou em Criciúma, invariavelmente, vou diariamente na empresa que dirijo. Não tenho uma rotina e nem um itinerário, mas procuro sempre estar em meu trabalho para acompanhar o desenvolvimento das ações.

Quando chego na empresa, geralmente sou recepcionado por alguns cães que foram se chegando, se alimentando, se fixando e ali permaneceram. São cães de rua de todos os tipos, tamanhos e pelagem, mas todos têm a mesma história: ao perambular pelas ruas, encontraram nosso portão aberto, entraram, receberam carinho, alimento, acolhida e ali vão ficando. Parece-me que eles sentem que são bem-vindos, principalmente elas, as cachorras, que são a maioria.

Cada vez que chego na Anjo, sou acolhido pelos animais que batem o rabo e demonstram alegria. Geralmente mexo e até brinco com eles que são sempre inspiradores. Aprendi a amar os cães desde criancinha, pois na nossa grande casa sempre tinha animais como alguns gatos e muitos cães. Além, é claro, de cavalo, vaca, boi, ovelha, carneiro, porco…

Lembro-me com saudades de alguns cachorros como o Tobe, o Pelé, o Furtão. Este costumava roubar o alimento dos outros cães, por isso nossa mãe o “batizou” de Furtão. Depois vieram outros cachorros, mas os mais queridos foram esses.

Cachorros sempre fizeram parte da minha história e, ao casar, da história da minha família. Foi assim que surgiram outras adoráveis criaturas, como a Kuka, uma cocker, a Prima e o Geraldo, labradores, além da Lia, a Pretinha, a Bia entre tantos outros.

Falando assim, talvez você que nunca teve uma proximidade com este tipo de animal, não entenda. Só quem tem um cão pode entender o amor incondicional deles em relação a nós, seus cuidadores. Pode ser frio, calor, cair uma tormenta, desde que seja sem trovoada, lá vai estar o animal, ao nosso lado.

Durante esse tempo todo, desde a infância em uma casa na encosta do morro do Caravaggio até os dias de hoje em um apartamento no centro de Criciúma, não consigo imaginar minha vida sem um cão. Na verdade, sinto que uma casa se transforma em lar quando ela tem um animal. Há casa que tem tartaruga, peixinho no aquário, passarinho, mas o cão, para mim, é o símbolo do lar.

O cão expressa humildade, amizade, em muitos casos, sentimentos. Sim, sentimentos. Não tem como olhar no olho de um cão e não sentir sua alegria ou sua dor. Às vezes, tenho a impressão de vê-los chorar e isso também me comove.

Dizem que o gato é mais apegado a casa e o cão mais apegado às pessoas que nela moram. Não sei. Talvez sejam jeitos diferentes de ser. Mas uma coisa eu sei: viver com outros animais próximos, tê-los em nossa companhia, é a certeza de que sempre haverá algo para ver, para sentir, para curtir. Em tempos onde o homem já pisou na lua e fotografou em Marte, talvez o próximo grande avanço da ciência seja reconhecer que não só os seres humanos têm alma, os outros animais também.

É assim a minha relação com os animais hoje. E você, como se relaciona com eles?

* Empresário, Especialista em Filosofia Clínica, Diretor Presidente da Anjo

Filipe Colombo

Sobre Filipe Colombo

Formado em Administração com ênfase em Marketing, É conselheiro profissional formado pelo IBGC e possui MBA em administração de empresas cursado nos EUA, China e nos Emirados Árabes. Acumula mais de 20 anos de experiência em gestão de empresas e é autor do best seller “Gestão Profissional na Prática”. Neste livro, são compartilhados ensinamentos, visões e conselhos que são frutos de sua experiência acadêmica e profissional.
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