Nosso tema nesta oportunidade aqui no blog da Anjo é um pouco diferente, mas nem por isso menos importante: vamos falar sobre lições do papel higiênico.
Confesso que durante estes bons anos que escrevo, jamais pensei que pudesse tirar um tempo para escrever sobre papel higiênico. Sim, papel higiênico. Bem, claro que não chegaria ao ridículo de investir um tempo para explicar suas qualidades, ou de como usá-lo e até mesmo armazená-lo. Pode ficar tranquilo que isso, acredito, não ser necessário.
Como uma das minhas teorias atualmente é que está cada vez mais difícil ser simples, vou me ater a uma lição bem simples que tive justamente com ele – o papel higiênico – há poucos dias. E, antecipadamente, peço ao meu leitor que não tire conclusões precipitadas. Calma!
Eu estava no banheiro da Anjo, empresa que presto assessoria, quando fui secar o assento, pois havia urinado. Uma prática comum comigo, seja onde estiver ou em qual banheiro for. Desenrolei o papel higiênico numa quantidade tal que ainda restavam não mais do que 30 centímetros. “O próximo que usar vai colocar um rolo de papel higiênico novo”, pensei.
Pra mim, o que deve ser feto, deve ser bem feito, independentemente do que seja. Se a toalha de papel faltou, troque; se acendeu, apague; se foi o papel higiênico que faltou, troque-o. Mesmo sabendo disso e vivenciando desta forma, teimei e não fiz. “Não acabou, ainda tem 30 centímetros”, justifiquei.
Virei as costas e saí. Deixei o suporte com um pedaço de 30 centímetros de papel. Fui fazer as minhas coisas no trabalho numa manhã quente de verão. Para refrescar, tomava água constantemente, por isso, em menos de uma hora já estava de volta novamente ao banheiro.
Qual não foi minha surpresa quando fui secar o vaso sanitário e olhei o suporte e não vi nenhum rolo de papel higiênico novo, só o cone que segura o rolo. Nem os 30 centímetro restantes estavam ali.
“Não tem jeito”, pensei. “O que é pra se fazer, tem que se fazer na hora e bem feito”. Parece que a regra é sempre essa, sai da gente e volta pra gente. Por isso, fiz o que faço há anos e que deveria ter feito naquela ocasião: peguei um rolo embaixo da pia, coloquei no suporte e tomei o cuidado de desengatar da cola, no sentido de facilitar para o próximo que usar aquele local. Agora é só puxar, desenrolar e cortar.
Parece simples, mas é uma grande e profunda lição que tirei de uma experiência com um rolo de papel higiênico. E essa experiência tem sido importante para tantas outras atividades humanas, pois busco sempre ser proativo, ao invés de só reativo.
Era isso. Que sua existência seja plena e sua vida o coroe de conquistas; e que você consiga tudo o que deseja, desde que seja para o seu bem.
* Jornalista, escritor e psicólogo
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