Querido leitor, hoje vou comentar sobre o ponto negro. Recebi um e-mail e gostei tanto que repasso a você neste momento. De acordo com a mensagem, certo dia, um professor chegou à sala de aula e disse aos estudantes para se prepararem para uma prova relâmpago. Essa era uma prática incomum, pois sempre que tinha alguma avaliação, ele avisava com antecedência. Todos acertaram suas filas, aguardando, assustados, o teste que viria.
O professor foi entregando, então, a folha da prova com a parte do texto virada para baixo, como era de costume. Depois que todos receberam, pediu que desvirassem a folha. Para surpresa de todos, não havia uma só pergunta ou texto, apenas um ponto negro no meio da folha. O professor, analisando a expressão de surpresa que todos faziam, disse: – Agora, vocês vão escrever um texto sobre o que estão vendo.
Todos os alunos, confusos, começaram então, a difícil e inexplicável tarefa. Alguns escreviam sobre a surpresa do mestre, outros sobre a surpresa da avaliação, houve alguns que sequer escreveram, pois ficaram parados, atônitos. Mas, sem dúvida, a grande maioria escreveu sobre o ponto negro na folha.
Terminado o tempo, o mestre recolheu as folhas, colocou-se na frente da turma e começou a ler as redações em voz alta. A maioria, então, definiu o ponto negro, tentando dar explicações por sua presença no centro da folha.
Terminada a leitura da última redação, com a sala em silêncio, o professor começou a explicar: – Esse teste não será para nota, apenas serve de lição para todos nós, sem exceção. Praticamente ninguém na sala falou sobre a folha em branco. Todos centralizaram suas atenções no ponto negro. Assim, muitas vezes acontece em nossas vidas. Em certas ocasiões temos uma folha em branco inteira para observar e aproveitar, mas sempre nos centralizamos nos pontos negros.
Disse o professor: – A vida é um presente dado a cada um de nós, com extremo carinho e cuidado. Temos motivos para comemorar sempre! A natureza que se renova, os amigos que se fazem presentes, o emprego que nos dá o sustento, os milagres que diariamente presenciamos. No entanto, alguns de nós insiste em olhar apenas para o ponto negro. O problema de saúde que nos preocupa, a falta de dinheiro, o relacionamento difícil com um familiar, a decepção com um amigo.
Os pontos negros são mínimos em comparação com tudo aquilo que temos diariamente, mas em muitas ocasiões são eles que povoam nossa mente. Talvez devêssemos tirar os olhos fixos dos pontos negros de nossas vidas e abri-los para a página em branco que se apresenta a cada manhã.
É assim como o mundo me parece hoje. E você, o que pensa sobre o ponto negro?
* Empresário, Especialista em Filosofia Clínica, Presidente do Conselho da Anjo Tintas.
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