Moísmo

OLYMPUS DIGITAL CAMERA* Beto Colombo

Querido leitor, que você esteja bem. Hoje vamos conhecer um pouco mais sobre um pensador pouco citado, vamos nos aprofundar no filósofo Mozi, que viveu de 479 a 372 antes de Cristo.

No século V antes da era cristã, o filósofo chinês Mozi, horrorizado com a devastação provocada pela guerra no seu tempo, perguntou: “Qual é a via para o amor universal e o benefício mútuo?”

Mozi, ou senhor Mô, teve sua educação baseada na tradição chinesa com base nos textos clássicos. Anos mais tarde, passou a repudiar a ênfase nas relações de clã e fundou sua própria escola de pensamento, cuja base fundamental era o amor universal.

Com isso, o pensador queria dizer que os seres humanos deveriam se preocupar com todas as pessoas da mesma forma, do mesmo modo, independentemente de seu status, poder aquisitivo, ou de sua relação conosco. Esta filosofia é hoje conhecida como Moísmo que, segundo Mozi, é benevolente e está em conformidade com o mandato do céu.

De acordo com “O Livro da Filosofia”,  Mozi acreditava que há sempre reciprocidade em nossas ações. Devemos tratar os outros como desejamos ser tratados, assim recebemos similar tratamento em troca.  “Ama o teu próximo com a ti mesmo”. Essa frase de Jesus lembra alguma coisa com a de Mozi?

Para ele, se esse tratamento fosse aplicado por governantes, esse princípio evitaria guerras e conflitos. E se aplicado por todos haveria uma sociedade mais harmônica, mais produtiva. Sonho? Utopia? É bom que lembremos que se trata de um filósofo anterior ao mestre Jesus, quase 400 anos antes.

Essa mesma linha de pensamento Moísta foi resgatada no século XIX no ocidente, onde se criou uma corrente similar, conhecida como utilitarismo. Estudando um pouco mais, percebemos que Mozi foi o primeiro filósofo a falar do utilitarismo.

Conhecido agora na filosofia contemporânea destaca-se o filósofo australiano Peter Singer que aborda o utilitarismo e, para isso, se baseia na ética. Sobre este tema, inclusive, ele tem um livro intitulado “Um só Mundo”, publicado em Portugal. Outra publicação de destaque de Singer é o “Livro da Libertação Animal”, publicado em 1975, que afirma que no sofrimento os animais são “nossos iguais”.

No século V antes da era cristã, o filósofo chinês Mozi, horrorizado com a devastação provocada pela guerra no seu tempo, perguntou: “Qual é a via para o amor universal e o benefício mútuo?” E respondeu à sua própria pergunta: “É considerar os países dos outros como o nosso próprio país”.

É assim como o mundo parecia a Mozi. E você, tem alguma prática sobre a via para o amor universal?

Empresário, Especialista em Filosofia Clínica, Presidente do Conselho da Anjo Tintas.

Filipe Colombo

Sobre Filipe Colombo

Formado em Administração com ênfase em Marketing, É conselheiro profissional formado pelo IBGC e possui MBA em administração de empresas cursado nos EUA, China e nos Emirados Árabes. Acumula mais de 20 anos de experiência em gestão de empresas e é autor do best seller “Gestão Profissional na Prática”. Neste livro, são compartilhados ensinamentos, visões e conselhos que são frutos de sua experiência acadêmica e profissional.
Esta entrada foi publicada em Artigos e marcada com a tag . Adicione o link permanente aos seus favoritos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *