Querido leitor, que você esteja bem. Recentemente levantei aqui nesse espaço uma reflexão sobre a liderança fogo e a importância do líder manter as luzes acesas em detrimento da fogueira da arrogância e autoritarismo. Lembra?
Naquela ocasião, o pai saíra com o filho para uma vivência mais afastada, pois o jovem queria ganhar o mundo, queria ser líder. Ali, o pai disse ao filho que tinha a liderança como busca: “Pense bem meu filho, sobre o fogo que se queimara ontem bem aqui na nossa frente: era poderoso, as chamas subiam aos céus, como se se gabassem de algo. Nada teria resistido ao seu poder, ele consumiria tudo que se aproximasse dele. Mas afinal, o que sobrou do nosso fogo, tão poderoso, de ontem? Apenas um monte de cinzas, veja meu filho! O fogo tem sim poder para destruir tudo a sua volta, mas ele consome a si mesmo com sua força passageira e acaba. Existem líderes, meu filho, que são como o fogo: vangloriam-se dos seus atos, são extremamente arrogantes e autoritários. Costumam durar pouco e deixar apenas cinzas por onde passam”.
Dito isso, trago agora mais um elemento da natureza para explanar os tipos de liderança. Convido a água em forma de rio. Sobre água, ainda pequeno, lembro-me da sabedoria do meu avô que dizia que “água não se controla, se conduz”. A despeito da oportunidade, também não posso deixar de citar Jorge Luiz Borges, poeta argentino, Nobel de Literatura, que dizia: “Rios, são caminhos que andam”.
Mas voltemos ao tema, foquemos a liderança água.
Naquele mesmo clima, o pai, que havia falado sobre a grandeza e também da pequenez do fogo, agora apontando para o rio que passava a poucos metros, expos ao filho: “Agora, meu filho, pense sobre o rio que está aqui do nosso lado”, pediu. E continuou o progenitor: “O rio, provavelmente, começou como um pequeno fio de água em alguma montanha longe daqui, mas persistiu, em silêncio, o seu trabalho ao longo do seu curso, às vezes lento, às vezes mais rápido. Veio assim, contornando os obstáculos, abraçando com humildade qualquer fenda em seu caminho, crescendo, obtendo cada dia mais poder dos seus afluentes. Ao invés de destruir ao seu redor, o rio é o grande progenitor da vida neste vale. E está aí, no seu trabalho, há anos a fio, sempre marchando em direção ao seu objetivo maior: chegar ao oceano. E quando chega, ele deixa de ser apenas um rio para se diluir e transformar-se num mar”.
Querido leitor, se você também tem como busca liderar pessoas, que tipo de líder você deseja ser? Liderança fogo, ou liderança água? Você é capaz de desaparecer como rio para transformar-se num oceano?
Lembrando que isso é assim para mim hoje.
* Empresário, Especialista em Filosofia Clínica, Presidente do Conselho Consultivo da Anjo – Blog Beto Colombo
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