Buscamos a liberdade, seja de expressão, de comportamento ou de ideias. Estamos chegando a uma situação ideal em que cada um pode vestir o que quer ou dizer o que pensa, sem medo de discriminação e isto é ótimo.
Por que, então, na arquitetura não conseguimos ser tão espontâneos assim? Temos medo de novidades.
As escolhas estão presas ao convencional, ao que é aceito pela maioria e raras são as pessoas que se permitem sair do padrão que estiver na moda do momento. As pessoas procuram seguir o que já conhecem, o que o amigo ou o vizinho fizeram.
Na decoração de interiores, que podemos considerar algo íntimo e pessoal, temos casas que são variações umas das outras, com os mesmos móveis, as mesmas cores e os mesmos objetos. Há pouca expressão da individualidade dos donos da casa.
Os designers têm criado móveis coloridos com formas abstratas e ao mesmo tempo confortáveis, que estão à venda por preços acessíveis, mas as pessoas têm medo de “enjoar” deles. No caso das cores, é o mesmo, sempre o medo de cansar e ter que mudar.
Ora, nada mais fácil e econômico que uma nova pintura com uma nova cor!
Uma cor bonita e um bom design são permanentes e sempre valorizam os espaços. Os lugares mais interessantes são os que têm personalidade e só podem ser criados com mobiliário especial e com combinações criativas.
* Arquiteta
Estúdio Vania Burigo
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