De acordo com o ex-reitor da Universidade Internacional da Paz – UNIPAZ – o francês Pierre Weil, o maior paradigma atual que a humanidade enfrenta é o da fragmentação. Isso quer dizer que fragmentamos tudo, dividimos qualquer coisa, separamos o inseparável. Para ficarmos numa visão só do nosso planeta, dividimos o planeta em continentes, os continentes em países, os países em Estados, os estados em cidades, as cidades em bairros, os bairros em ruas, as ruas em casas, as casas em quartos, os quartos em indivíduos.
Divididos, perdemos a noção de que somos todos seres vivos, no mesmo planeta, na mesma condição e o problema humanitário de um país nada tem a ver comigo, pois cultuo outra bandeira. Que dirá de uma região para outra num mesmo país e até no mesmo Estado? Basta fazermos uma experiência, vivida pelo próprio Pierre. Vá na divisa de um país com outro, coloque os pés num lado da fronteira e o outro no outro lado e observe o que você sente. Absolutamente nada, pois as fronteiras nascem nas mentes das pessoas.
Todos conhecemos milhares de exemplos de pessoas que foram se tratar de um doença e morreram de outras, justamente devido aos efeitos colaterais dos remédios. Por que tudo isso? Justamente porque fragmentamos demais o ser humano, o planeta e não temos mais a sabedoria de observar a vida como um todo. Tratamos a parte sem considerar o todo. A parte, sabemos, está no todo, mas o todo, não está na parte. Que tipo de corpo humano poderíamos criar se colocássemos um representante de cada especialidade numa sala?
Se fôssemos agora pegar a postura ecológica de boa parte das pessoas, também poderíamos concluir que o grande paradigma continua sendo a fragmentação. Basta observar o que estamos fazendo com nossos rios, mares, lagos e florestas. Afinal de contas, como os seres vivos vão continuar vivos sem água? Sem árvores?
Ecologia é a união de duas palavras: eco, que vem de “oikos”, que quer dizer lar, acrescida da palavra “logia”, que significa estudo. Ao contrário do que muitos pensam, ecologia não é o estudo do verde e sim estudo do lar. O universo como lar da vida, o planeta como lar dos seres vivos, o corpo como lar do nosso espírito. Quem de nós, então, cospe ao lado da mesa de refeição em nossa casa? Quem varre a nossa casa e coloca o lixo embaixo do tapete? Se não fazemos isso em nossa casa, por que cuspimos na terra, jogamos o lixo em qualquer lugar, despejamos nossa fossa nos arroios, na boca do lobo, nos mares? Fazemos isso justamente porque nossa mente está com uma postura de fragmentação e não reconhece que o outro sou eu.
Quando tivermos este avanço como humanidade, e temos todas as condições para isso, pois nada maios é do que consciência (conhecimento e atitude), haverá uma nova ordem planetária, um novo ser habitará este planeta e a vida, enfim, inteira terá uma nova chance de provar que indivíduo não é de “um’, mas de “indivisível”
Estas são algumas das minhas ideias que penso e procuro agir neste momento, amanhã posso mudar. Não quero que você concorde ou discorde, só desejo que você me entenda.
* Jardineiro, Jornalista, Agricultor, Psicólogo, Escritor Amador e Peregrino.
www.oikos.org.br
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Espetacular!!! Me colocou para refletir… Muito bom o texto, muito bom…