* Beto Colombo
Querida e querido leitor, paz e bem! Hoje nosso tema é sobre grama sintética. O cultivo de grama no Brasil começou por volta de 1974, quando o engenheiro agrônomo Minoru Ito, após estágio nos Estados Unidos, onde aprendeu técnicas de cultivo. Os tipos de gramas mais usados no Brasil são: grama Batatais, Gramão, Grama-de-pasto, Comum, Mato-grosso, Forquilha, da Bahia, Grama-folha-larga, Pé-de-galinha, Grama-inglesa, Grama-de-jardim, Grama-de-santo-agostinho, Grama-azul, Esmeralda, grama-coreana, Grama-mascarenha, Grama-veludo, entre outras.
Aqui no sul de Santa Catarina temos a Sociedade Recreativa Mampituba, um dos melhores clubes sociais que conheço no Brasil. Nele, tem mata virgem, trilhas, bosques, campos de futebol, quadras de tênis, açudes, piscina olímpica, parques para crianças, sauna, enfim, uma infraestrutura invejável.
No Mampituba há pássaros de muitas espécies que já se acostumaram com a presença dos humanos, usuários que frequentam o clube nas suas mais diferentes partes. Aqui, pássaros e animais vivem muito próximos ciscando e arrancando minhocas no gramado. Tem a sabiá sábia, João-de barro e os alarmantes quero-queros, eles, podemos dizer, são os donos do pedaço. Curtindo todo aquele ambiente, sempre me alegro quando vou caminhar ao lado dessas companhias.
Primeiro caminho e, na sequência, gosto de fazer academia, sauna e vou para casa de banho tomado e relaxado. É uma espécie de ritual onde faça uma divisão entre o empresário, desportista e vou para casa onde sou pai, marido. Mas esse é tema de outro artigo.
Voltemos ao foco do texto, grama, digo, grama sintética. No Mampituba, temos quatro campos de futebol suíço e o último campo fica um pouco mais baixo em relação aos demais e aqui se acumula muita umidade. Assim, a grama verde sofre muito, por isso ele era pouco utilizado.
Qual não foi minha surpresa quando dia desses percebi que aquela grama, vai, tá certo que estava sempre doente, foi trocada por grama sintética. Desde que colocaram esse grama, se é que dá para dizer que é grama, eu observo a atitude dos pássaros ciscando em vão aquele produto verde. Provavelmente buscam por minhocas, formigas e outros bichinhos, e era dali que o João-de barro extraía a sua matéria- prima. Cansados, optam por visitar outros campos, onde permanecem e se esbaldam de alimento.
Observando todo aquele movimento, refleti sobre todo o tipo de adaptação para nossos pássaros e outros animais que viviam anteriormente nas selvas que ainda não eram de pedra, como São Paulo, Rio, New York, e tantas outras cidades que trocaram árvores por prédio. Temos árvores sintéticas, flores sintéticas, grama sintética que agora convivem “harmonicamente” com o concreto, o asfalto.
Na grama natural, como vimos, temos no mínimo, 30, 40 tipos de grama, cada um com seu nome. Já na que não é natural restringe-se a um, grama sintética. Lembrou de alguma coisa?
É assim como o mundo me parece hoje. E você, o que pensa do sintético?
* Empresário, Especialista em Filosofia Clínica, Diretor Presidente da Anjo
www.betocolombo.com.br
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Acho a grama sintética um ótimo investimento para quem pensa em construir, por exemplo, um campo de futebol society. Grandes campos de futebol já utilizam a grama sintética, um vez li em um artigo que falava sobre a utilização dessa grama em campos aprovados pela FIFA na Copa do Mundo da África.
Porém, para ambientes decorativos tenho minhas dúvidas, já que entra em jogo a questão ambiental. Acho que já temos poucos lugares arborizados.