Gratidão

* Mhanoel MendesIMG_4311

GRATIDÃO. Este é um tema que tenho refletido muito nos últimos tempos. Tanto é que resolvi, inclusive, escrever um artigo sobre ele e compartilhar com o meu atento leitor, com a minha atenta leitora.

De tanto meditar, agora repasso a você a pergunta. Você já pensou sobre o que é gratidão? Poderia aqui, ao invés da gratidão, dar ênfase a ingratidão, mas não o faço. Sim, não o faço por focar no lado positivo do tempo e da ação, não no lado negativo dela.

Talvez um dos piores sentimentos que um ser humano possa impor ao outro seja o da ingratidão. Você faz muito pelo outro, talvez até o que nem ele fez pra si, e em troca recebe o desprezo, negação, neutralidade.

Aqui é o ponto onde quero refletir: será que existe algo anterior a gratidão para que as pessoas possam sê-lo na prática? Naqueles casos em que as pessoas ingratas não retribuíram a ação, será que faltou algo?

Claro que falo de um ato espontâneo, de amor, de compaixão para com o outro. Não estou falando de negócio, de troca, de business. Aqui, a palavra é justamente esta, negócio, troca, interesse, e assim deve ser tratado. Pra mim, por ora, a gratidão até pode ser vivenciada no mundo calculista dos negócios, desde que os envolvidos tenham claro que não dá para exigir nada em troca. Gratidão é livre, espontânea.

Mas voltemos, então, à questão que fiz anteriormente: será que vem algo antes de sermos gratos?

Hoje, penso que sim. Fica praticamente impossível sermos gratos aos outros, seja ele quem for, seja pai, mãe, cônjuge, irmão, amigo, patrão, colega de trabalho, enfim, sem antes termos uma postura perante o outro. Falo do reconhecimento.

Só é grato quem reconhece o que o outro fez, se não, a pessoa que foi agraciada não acessa a verdadeira gratidão. Por exemplo: um amigo me emprestou dinheiro, ao que o paguei normalmente. O fato de pagar, parece que quita a obrigação. Provavelmente, seria assim para o ingrato.

Mas para o grato, antes vem o reconhecimento. Reconhecimento que o outro fez algo que não precisava, que não tinha obrigação nenhuma. Tendo claro isso, a gratidão é espontânea, leve, amorosa. E isso gera no que recebeu uma vontade de ajudar o outro, de querer o bem do outro, de amá-lo.

Pra mim, por ora, não existe gratidão sem reconhecimento. Por isso, seria interessante sempre que for oportuno, possamos dizer ao outro que nos ajudou: ”Reconheço teu gesto, por isso te sou grato, meu amigo”.

A você que se estendeu até a última linha deste texto, reconheço seu interesse e curiosidade, ao que lhe sou grato.

* Jornalista, escritor, psicólogo, adora trabalhar na terra e peregrino – www.oikos.org.br

Filipe Colombo

Sobre Filipe Colombo

Formado em Administração com ênfase em Marketing, É conselheiro profissional formado pelo IBGC e possui MBA em administração de empresas cursado nos EUA, China e nos Emirados Árabes. Acumula mais de 20 anos de experiência em gestão de empresas e é autor do best seller “Gestão Profissional na Prática”. Neste livro, são compartilhados ensinamentos, visões e conselhos que são frutos de sua experiência acadêmica e profissional.
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2 respostas para Gratidão

  1. Marina disse:

    muito bom seu site, obrigado e gratidão por compartilhar essas dicas.

  2. Rosilene Luna da costa lima disse:

    Parabéns, você conseguiu colocar as palavras no seu devido lugar ,antes a ingratidão me doía agora sei exatamente o que a gratidão gera em mim,GRATIDÃO. Obrigado

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